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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

ALEGORIA D’UM CANÁRIO!



ALEGORIA D’UM CANÁRIO!



Certa ocasião, um gato Maltêz filou Fadário, o canário amarelo, a beberricar num charquinho de água em pleno jardim… foi-se aproximando sorrateiramente do frágil passarinho…

e…



*“:( ZÁS!




Deitou-lhe as presas… abocanhando-o com seus aguçados dentes!


O canário Fadário, amarelo de susto perante tal surpresa, debateu-se como pôde para se libertar daqueles intentos do atroz, poderoso e sanguinário bichano!


Se bem quando, surgiu por ali um senhor muito apessoado que ao deparar-se com tão dramático quadro de luta entre vida e morte, logo fez uso do seu envernizado sapato mata-barata, correndo o malvado gato Maltêz á biqueirada, livrando de morte certa… o canário Fadário!


Com atrozes dores nos lombares e dando ás de Vila Diogo, o Maltêz arreganhou sua dentuça, libertando um moribundo e destroçado Fadário!


O cioso senhor mui assenhorado, colheu do chão quente para o aconchego de seu regaço, o frágil e desventurado Fadário


Em sua linda casa, libertou-lhe as frágeis penas de langonhosa babugem… com jeitinho e um cotonete também, aplicou violeta de genciana em suas pequeninas feridas, remetendo a avezinha para o metálico chão de gelada e solitária gaiola!



O Sol partiu para outras paragens do mundo e Fadário… por lá ficou sob o reino das trevas, tombado, moribundo e entregue á sua triste sina…


Ao romper da aurora, também Fadário foi recuperando sua pequenina consciência… ergueu sua cabecita, e apontando o bico em redor, olhou uma tigelinha com água… ao lado, outra malguinha mantinha juntinhas, umas quantas sementes de alpista… olhou o céu, reparando que, triste só e abalado, se encontrava rodeado de robustas e verticais grades de arame… foi… quando, do interior de tão cruel fatalidade… exclamou, Fadário… para seus rebites:





“- C’UM CATANO!




estou lixado …





…MATEI O GAJO !!!”

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