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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

domingo, 16 de novembro de 2008

POIS, POIS!


POIS, POIS!
(Ou a breve resenha histórica das actividades aeronáuticas em Tubucci).
Pois, pois, vai para uma década que o espaço celestial de Líbia era tracejado por dois Ícaros motorizados, um terceiro mais silencioso, e também por uma Passarola Voadora!
Quanto a um dos Ícaros de fim de semana, entretinha-se a pairar sobre os telhados da urbe, atrapalhando o planar das cegonhas e o esvoaçar dos pardais, executando voos temerários por debaixo das pontes ferroviária e rodoviária que ligam a urbe á margem esquerda do Tejo, que, por demais, atrapalhava a harmonia da fauna fluvial, impedindo o seu normal acasalamento, afastando os ditos das minhocas incorporando um anzol dentro de si. Se bem quando, num alegre e soalheiro Domingo, esse tal intrépido Ícaro, resolveu executar mais uma das suas manobras engraçadas debaixo da ponte, e, na ascensão do voo entrou-lhe um mosquito para o carburador da “coisa”… não é que o filho da mãe do insecto vai escolher precisamente, o gicleur do máximo, para se deitar? O Ícaro bem lhe deu gás, mas a máquina, de engasgada que estava, pôs-se aos engulhos e vai de assentar… mas onde? Precisamente no leito do rio, molhando as nalgas do seu tripulante! Como Bette Nigger não sabe nadar… aí foram, homem e asas por água abaixo, levados pela corrente, engolindo uns pirolitos nesta atribulada e original viagem! O que lhe valeu foram os pescadores que largaram as canas e se deitaram ao mar… de Tubucci, resgatando o nosso arrojado herói! Não se sabe bem porquê, mas este Ícaro nuuuunca… mais voou!
Quanto ao segundo Ícaro motorizado, preferia voos elevados, batendo fotos das urbes e dos milheirais até que certo dia… perdeu a pena, como o gavião! Quanto ao terceiro Ícaro, só se dava pela sua presença devido á furtiva sombra projectada nos solos de Tubucci! Era um esvoaçar constantemente silencioso que só se percepcionava, em falta de visão, pelo farfalhar das asas! Provavelmente, ter-se-á escapado da acção do Setembro Negro, em 72, e veio pairar para estas ocidentais bandas, mais sossegadas, por sinal! O dito, espetava uma peúga do Benfica, num mastro, no cimo do morro do castle, onde agora é o circuito de manutenção e zás! Atirava-se, afoito, dali abaixo!
Também tivemos a Passarola Voadora!
Não! Não era a do Gusmão! Não, esse não… cá o Cidadão refere-se ao padre Bartholomeu Lourenço de Gusmão, um imigrante Brasileiro com a mania do caraças nos princípios de Arquimedes, iniciou escola no Seminário de Belém, em Cachoeira, capitania da Baía e veio saltar para Portugal, ali no Terreiro do Paço e afins… dizem os escribas do reino, que teve influências no calhau! O que é isso do calhau? Então vosselências não sabem lá, que é o Convento de Mafra? Ali onde está a Escola Prática de Infantaria? E as ratazanas enooormes a guincharem nas suas catacumbas? Ora bem, sem cá o Cidadão se desviar muito do assunto vertido em contexto, essa tal de Passarola, que afinal era o do balão, nas matinas Dominicais, sobrevoava os céus de Líbia, pilotada por um homem vestido de branco e fazia assim de vez em quando: pffffiii…. pffffiiii…. pfffiiiii … o que deixava a cãozoada toda desorientada por esses quintais adiante, ladrando para os ares, feitos tontos! Mas era giro, sim senhores! Como o aeróstato precisava de gases, e este está ao preço que se sabe, deixou de pairar!
Então e agora, o que aí vem? Vem aí uma coisa mais sofisticada!
O teleférico!
Assim uma coisa com uns cabos, e umas gaiolas com gente dentro, gaiolas essas que vão encosta acima e encosta abaixo, fazendo zuuummm! Vai ser fixe! E no início é que há-de ser bichanice junto ás bilheteiras, para darem umas voltinhas! Agora que cá o Cidadão está a caminhar para “cota” a cem por cento, ainda irá disfrutar de umas passeatas nessa cena! E para mais, vêm aí as Ofélias com bué da grana! Cá o Cidadão ainda está com esperanças de se fazer a uma destas, em local romântico, pendurado por cabos, sobre telhados de zinco quente, quiçá por cima das cabeças dos Juniores, da gata Cristie e da Companheira, e aí sim, é que os manda a todos ás urtigas! Isto é que vai ser… ver cotas Vikings a sobrevoar o espaço celestial de Líbia e os pessoais em baixo, alegremente, acenando adeuses, como que… a olhar para o balão!
Ah! Querem saber esta cena da “Líbia”?
-È a designação Árabe para “Abrantes”!
E Tubucci?
-È a mesma coisa, mas “dizida” pelos Romanos!
Vocês também não percebem nada, caraças!!

2 comentários:

Anónimo disse...

No caso do primeiro ícaro, é para afirmar que foi uma cena marada, porque amarou. Qual a influência que estas actividades poderão trazer para o equilíbrio das espécies cinegéticas da região? O mesmo sucede com as actividades motorizadas, como os TT, que cruzam zonas rurais de vegetação, habitats das espécies, alterando a pacatez, o equilibrio das gentes da região confinante, que em algumas das ocasiões revelam irritabilidade e desagrado ao serem invadidas por ruidos, gases e fumos excessivos das máquinas infernais. A passarola, deve ser no contexto do satírico, e quantoao teleférico, concerteza que as edilidades responśaveis deverão, primeiro, promover um estudo de impacte ambiental, e só depois, esticar os cabos, se assim o permitir, porquanto, poderá trazer benefícios ás populações da região, numa perspectiva de desenvolvimento urbanístico. Transite-me a idéia de que essa autarquia, tem vontade de desenvolver, de executar e de inovar, acompanhando as necessidades e a evolução dos tempos! Outras autarquias há, que não se lhes vislumbra essa capacidade de iniciativas.
O desenho animado do tipo no PC, que você colocou aí ma coluna dos Links, a entrar em histeria progressiva, é elucidativo da dependência que a NET pode induzir no ser humano,deformando e destruindo a sua personalidadede, razão pela qual não se deverá ocupar mais do que 10% do tempo útil frente a um monitor, a não ser que integre a actividade profissional do indivíduo. Há conteúdos como os jogos electrónicos e outros géneros, que nos arrastam , sem darmos por isso, para um dos vícios do século! Existem indivíduos ou grupos etários mais vulneráveis a este, como os jovens em formação e crescimento,ou pessoas sem outras ocupações de maior monta. E o Sol tão lindo, lá fora á nossa espera. Há, você apagou-me um comentário, ou foi acidental?
Artur :)

O Cidadão abt disse...

A questão do telefèrico é ciclica, tal como a ponte do Tramagal e outros géneros... acontecem com uma periodicidade de quatro em quatro anos!Revelam a força de vontade em... ganhar as autàrquicas.Depois, depois voltam a cair no esquecimento, porque surgem outras prioridades... ou oportunidades, segundo o ponto de vista.A passarola estará associada ao aerostato e ao zé pagode!Entretem-se o dito a olhar para o balão!Mais uns aventais, uns guarda chuvas umas esferograficas umas bandeirinhas e uns folhetos distribuidos e já está no papo!É nessas alturas que os senhores feudais descem ao povo para distribuirem abraços, beijinhos e muitas amizades!Ficamos todos refens de tanta afabilidade e muitas simpatias!Até ao dia da caixinha preta com uma ranhura no topo!No entanto a passarola tem mais interpretações, pois a arte da escrita cá do Cidadão, além de contemplar a ironia, a sátira,tanbém é enriquecida pela matáfora!