.

.

Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

terça-feira, 19 de julho de 2016

ANDAR AOS POKÉMONS



ANDAR AOS POKÉMONS

   
Está aberta a caça ao Pokémon!
Tal como as demais, também esta moda será passageira e efémera, uma vez que daqui a alguns anitos e depois de biliões de Pokémons enclausurados nas pokébolas e de milhares de cabeçadas nos pokestops, depois de bastantes milhões de euros investidos em primeiras prioridades de equipamentos tecnológicos e softwares adequados ou pirateados, o Pokémon voltará a cair em desuso, indo parar ao caixote dos Gremlins, dos Furbies e dos Tamagotchis.
  
São os mais recentes brinquedos digitais, que admiravelmente não só entretêm as criancinhas como curiosamente também embalam os adultos.
Na juventude cá do Cidadão abt praticava-se o jogo do eixo, o paulito, o berlinde, o arco, a cabra cega, a macaca, a corda, e as meninas tinham as bonecas, as casinhas, os minitrens de cozinha e os mini enxovais, sendo que em comum havia a estátua fixa silenciosa, a apanhada, as escondidas e se brincava às enfermeiras a curarem meninos doentes.
 Enfim, nesse tempo nós é que fazíamos de Pokémons.
 
Queimavam-se calorias e gorduras correndo por montes e vales, jogava-se à fisga, apanhavam-se pássaros, trepava-se às árvores, fugia-se de bicicleta, gastavam-se os poucos cêntimos em mercúrio, pensos, pomada para as nódoas e por vezes ia-se até ao hospital coser as testas...
Éramos mais esbeltos, encardidos e queimados pelo sol, não sofríamos de doenças alergénicas, não comíamos pisas, psicotchikens ou hambúrgueres, nem passávamos horas intermináveis sequestrados por um processador.
Com a evolução da tecnologia, hoje em dia conseguimos trazer o processador connosco, em cima do braço, debaixo da perna, à cintura, na mão, na mouche e, em vez de prestarmos atenção aos pontos cardeais, aos ventos, ao musgos, aos riachos, aos peixinhos, aos bichos, aos pássaros, às árvores, aos carros ou aos caracóis das miúdas, trazemos a vista grudada no gadjet, ao ponto de trocarmos o ambiente real por um mundo virtual onde andamos aos Pokémons.
Numa espécie de praxe abre-olhos, no tempo de juventude cá do Cidadão abt, a malta mais divertida e bem-disposta costumava convidar os jovens inexperientes, os pata-tenras ou os maçaricos, a irem caçar gambozinos, acabando os incautos por apanhar bonés em vez dos ditos cujos, embora para os mais renitentes ou desconfiados, lhes contornássemos tanta insistência com um naco de febra de porco enrolado em algodão e, se consultarmos o dicionário do bom português, nele até encontramos a seguinte definição para “gambozino”:
"peixe ou pássaro imaginário, com que, por brincadeira, se logram os incautos mandando-os à caça ou à pesca desses animais".
Ora nem mais! 

Como os Tanakas do Império do Sol Nascente são pequeninos, finos e espertos cum’ó lume!!
Meteram o Ocidente à cata de Pokémons!
Munidos de pokébolas, hoje os mais eruditos e esclarecidos andam a apanhar Pokémons em casa, na rua, no emprego, no campo e na praia. 
Até os polícias já encontraram Pokémons infiltrados nas esquadras e surgem congestionamentos espontâneos de trânsito para não se atropelar Pokémons nas passadeiras!!!!
Há o perigo dos Pokémons se infiltrarem nos serviços de informações e inteligência mundiais ou de virem a ser recrutados para as fileiras do Estado Islâmico!
Quem não possuir um gadjet está lixado porque poderá ser surpreendido por Pokémons terroristas, razão pela qual as polícias previram essa possibilidade, treinando a detecção e apreendendo Pokémons no seio das suas pokébolas o que lhes vem conferindo alguma experiência nesta matéria! 
As pokébolas da polícia!
No futuro haverá uma Força Militar especializada na detecção e neutralização de Pókemons!
É iminente o risco que corremos com a hipotética infiltração de Pokémons no Pentágono, na Casa Branca, no Serviço Militar de Inteligência Soviético ou no gabinete do Kim Jong-un

Imaginemos que um dos Pokémons acede ao telefone vermelho dos presidentes das potências mundiais ou que consegue carregar no botão dos mísseis nucleares?
Será uma dor de cabeça para o “quelido líder” da Coreia do Norte quando lhe informarem que as suas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas estão a ser devassadas por milhares de Pokémons em fúria!
Cá o Cidadão abt está certo que Kim Jong-un daria voz de prisão e após interrogatórios e humilhações perante a assembleia popular, executaria os Pokémons, todos em série e encostados a uma parede branca!
Por exemplo, Pokémons infiltrados em porta-aviões nucleares ou na cabine de pilotagem de aviões comerciais poderão vir a constituir séria ameaça para a estabilidade mundial!
Talvez que o futuro dos países desenvolvidos assente na pokékultura e nas fileiras venham a implementar exércitos de Pokémons! 

Ou que os Pokémons resolvam constituir-se como um estado virtual?! 
O Estado Pokémon!
 
Pokémons nas tropas especiais! 

Pokémons espiões!

Pokémons nas grutas!
Pokémons por toda a parte! 

E como se neutralizará uma manif de Pokémons?

Que tal a idéia de um Pokémon como ajudante de campo do nosso Presidente da República!?
Regressando à corriqueira caça ao Pokémon, é bem provável que se esta espécie cinegética vingar, no futuro se decrete uma época de caça ao bicho, talvez antes mesmo da época de caça à perdiz, da caça ao coelho ou da batida ao javali, dinamizando um entusiasmo tal que poderão surgir relações afectivas entre o homem e o Pokémon !
Será decretada a obrigatoriedade da licença de caça ao Pokémon... e também será desaconselhada a caça em regime individual, recomendando-se a caça em grupo ao género de montarias ao Pokémon, ou pelo menos a caça aos pares, pois poderá surgir uma matilha de Pókemons em fúria e ai o pokestop estará em risco pois com as suas pokebolas jamais dará conta de tanto Pokémon!!
 
Na vertente antiterrorismo, a Policia de Segurança Pública vem recomendando que o caçador esteja atento ao ambiente que o rodeia, não vá ser emboscado por Pokémons furtivos, que o caçador faça um  prévio rastreio visual ao meio envolvente para não vir a ser surpreendido, que não cace Pokémons enquanto conduz porque os bicharocos são bastante astutos em manobras de diversão que iludem o foco do caçador para zonas periféricas e supostamente de menor risco, que o caçador não se deixe atrair para postes de iluminação, propriedades privadas ou áreas de acesso restrito, zonas militares, campos de treino, campos minados, campos de cebolas, hortas e nabais...
...poços, ravinas, promontórios, etc, pois esses locais poderão estar armadilhados pela astúcia dos bicharocos, recomendando-se também que o caçador evite entrar em diálogo com estranhos pois poderão ser Pokémons reencarnados em pessoas para assim lhes darem a volta e consequentemente cabo do couro, e que os caçadores de Pokémons tenham muito cuidado com as aplicações manhosas para lhes aprimorar o tiro das pokébolas porque poderão ser Pokémons da contra-informação contendo malwares que lhes arrasarão com os dados pessoais!
Chegou o tempo de miúdos e graúdos andarem por aí com Andróides à procura de Pokémons mas que por insuficiência económica essas aplicações não se adaptam às receitas electrónicas emitidas pelo Serviço Nacional de Saúde.
São sinais inequívocos duma civilização cada vez mais desenvolvida, esclarecida e consumida desta era em que se constroem templos de consumo bem maiores do que as catedrais, sendo que num destes dias corremos o risco de encontrarmos Pokémons alojados nas pias baptismais e nos turíbulos!

É uma questão de fé!
Agora desculpem qualquer coisinha, caros ciberleitores, pelos ruídos que cá o Cidadão abt vem ouvindo desconfia que terá um Pokémon escondido algures nos confins do frigorífico...
- GO! GO! GO!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

O IMBRÓGLIO




O IMBRÓGLIO

 Poder-se-ia intitular este post de “o relativismo absoluto” mas como o assunto é um imbróglio, ficou mesmo a ser “O imbróglio” do relativismo absoluto.

Dois meses volvidos sobre a abertura da ponte rodoviária que une as margens entre o Rossio ao Sul do Tejo e Abrantes, e após um primeiro post dissertivo no que concerne a circulação pedonal onde cá o Cidadão abt se fez substituir às verificações municipais indo ao tabuleiro certificar-se das medidas e dos espaços inter obstáculos, assim como alguns outros concidadãos mais atentos se debruçaram sobre o assunto e a bom tempo comodamente aproveitando as fotos e os bonecos deste blogue, vai daí, depois de serem um bocado pressionados pelas forças vivas do concelho porque isto por aqui só anda a toque de forças vivas, os administrativos eleitos resolveram questionar a “dona” da obra sobre a praticabilidade desta ponte em termos de mobilidades humanas, mobilidades reduzidas e seus afins.

Como resposta, que também foi publicada no semanário regional “O Mirante”, a Infraestruturas de Portugal desconfirmou as suposições dos utentes chatos, alegando que as dimensões são as contempladas na regulamentação da matéria, pelo que aqui se transcreve parte desse texto:

"possui espaço livre bastante de modo a permitir a passagem de cadeiras de rodas, cumprindo com o estipulado na legislação"
“a largura mínima absoluta dos acessos para utilização por pessoas com mobilidade condicionada são 80 centímetros,  precisamente a largura que existe no passeio do lado poente”
"Os passeios da ponte têm 0,60 metros livres do lado poente e 0,80 no lado nascente".

E DECLAROU MAIS:

"a implementação de passeios com larguras superiores implicaria alterações substanciais na estrutura da ponte metálica e de elevada complexidade técnica, requerendo por isso uma intervenção mais profunda, temporalmente mais demorada".

E AINDA MAIS!

"elevados encargos financeiros e para a mobilidade na região na execução da obra"

Esta última é pura demagogia barata e prosápia para patego ler!
Quando foram alargadas as laterais do tabuleiro, seria questão de lhe conceder mais uns trinta centímetros e a largura útil da faixa de rodagem também poderia ter menos alguns centímetros. 

Quanto aos postes de iluminação, foi omissa a possibilidade da sua relocalização que não implicaria despesas suplementares na obra mas tão sómente cravar as cavilhas no enfiamento do gradeamento de protecção, a não ser que os engenheiros da obra cobrassem balúrdios para alterar esse pormenor no projecto inicial, mesmo estando fora dos normativos.

Para que não restassem dúvidas, cá o Cidadão abt pegou num seu concidadão de mobilidade reduzida e na respectiva cadeira de rodas, pegou numa fita métrica e meteu-se ao caminho, tendo em conta que a cadeira de rodas é um modelo low cost, simples e baratinho, desprovido de motor, auto-rádio, máquina de café, ar condicionado, jantes especiais de liga leve ou outros extras, enfim, uma cadeira das pequenininhas, estreitinhas e maneirinhas...
Atenção que os adereços não fazem parte da obra de arte!
Como resultado da prospecção feita por este contribuinte, no lado nascente foram medidos setenta centímetros de vão entre as sapatas dos pilares do rail e a aresta em alvenaria confinante à grade de protecção.

Tal como a foto documenta, ao fazendo por aí passar a tal cadeira elementar com o utente de mobilidade reduzida, os pneus das rodas traseiras, os castores (rodinhas directrizes) e os patins (apoios dos pés) embatem nos vincos metálicos, afectando directamente a sua estabilidade enquanto os aros de impulso manual encaixados nas laterais das rodas passam por cima dos obstáculos arquitectónicos ao ponto do utilizador se arriscar em danificar as norças dos dedos nos pilares metálicos do rail ou no gradeamento da obra d’arte... 
Não sabe cá o Cidadão como foi que este adereço aqui veio parar...
Portanto, meus caros, os tais oitenta centímetros livres referidos a nascente são uma falácia porquanto correspondem à distância entre o gradeamento de protecção e o pilar do rail propriamente dito!!
 
Em espaço tão restrito e numa extensão de trezentos e sessenta metros de rails contínuos, fica cá o Cidadão abt sem entender como se efectuará o cruzamento entre um pedestrante e um rodinhas...
Será que o pedestrante salta por cima do rodinhas ou o rodinhas passará por baixo do pedestrante?

Resta a hipótese do pedestrante transpor o rail de protecção, desviando-se pela faixa de rodagem...

Suponhamos que dois rodinhas se encontram a meio do trajecto...
Como não há espaço de manobra para que se virem as cadeiras em sentido inverso, um deles irá recuando até alcançar a entrada da ponte?

Outra hipótese é a de haver o cruzamento entre um rodinhas e um carrinho de bebé, ou por exemplo, o confronto entre um cadeirante e um idoso...

Há uma solução...

Os semáforos!
Relembra cá o Cidadão que os adereços não pertencem à obra de arte!
Vamos agora para o beirado de poente. 

Disse a Estruturas de Portugal que aí existem sessenta centímetros de vão livre... o que é falso!
 O Cidadão volta a avisar que os modelos não fazem parte da estrutura da ponte!
Se esticarmos a fita métrica junto ao solo, entre a base dos postes de iluminação e a saliência correspondente ao rebordo de alvenaria junto à sapata do gradeamento... são exactamente cinquenta e cinco centímetros.
O Cidadão adverte que os modelos não pertencem à obra de arte!
Há uma explicação para estas discrepâncias de medidas.
Pode acontecer que as fitas métricas da Infraestruturas de Portugal tenham sido adquiridas na loja do chinês ou, vencido o seu de validade, mirrem sob a acção dos raios solares UV.

Uma solução passará pelo recurso a binóculos onde os utentes antes de atravessarem a ponte se certificarão sobre a situação pedonal na outra extremidade.
Aqui, a Infraestruturas de Portugal ou o município de Abrantes poderão explorar um nicho de mercado no que concerne à instalação de binóculos fixos nas entradas do tabuleiro, que mediante a introdução de uns cêntimos na respectiva ranhura permitirá aos utentes visualizar a situação pedonal na outra margem... para assim darem ou não, início à travessia.
Como verão os expert’s, ideias não nos faltam!
Falta é a vontade de as concretizar!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

QUE MAIS DÚVIDAS HAVERÃO?

QUE MAIS DÚVIDAS HAVERÃO?


sábado, 14 de junho de 2014

TEJO


TEJO

       Para este 14 de Junho, dia da cidade de Abrantes, cá o Cidadão abt reservou um post culturalmente contributivo para a região, em que sincronizou a sua publicação com a inauguração do Centro de Acolhimento e Interpretação do Tejo, equipamento cuja vocação se estenderá ao lazer, ao campismo, ao desporto, ao contacto com a natureza e ao conhecimento científico, desenvolvendo iniciativas que promoverão o acesso às tradições e aos valores ribeirinhos.
Temática mais do que suficiente para cá o Cidadão se dedicar a esta temática, na certeza porém de que este trabalho de pesquisa não passará de mera gota de água no oceano.
Para a concretização deste post foi necessário queimar um bocado das pestanas, prescindir de longas horas de descanso, calcorrear regiões, dialogar com as gentes ribeirinhas, fotografar, ir procurar motivos alusivos ao tema onde foram adicionadas algumas pinturas em aguarela, pena e lápis de Carlos Salgado e determinadas ilustrações de Telmo Gomes.
Faz cá o Cidadão, votos de que o ciberleitor aprese a leitura, se não estiver para aí virado, na medida em que este post é algo extenso, se quede pelas figurinhas.
No tempo em que D. Afonso Henriques com o auxílio dos cruzados foi conquistando território aos muçulmanos, o rio Tejo assumiu a interposição natural nos avanços e recuos dos exércitos contundentes.
Mais tarde, com a estabilidade propiciada pela soberania portucalense, desenvolveram-se actividades económicas nas regiões ribeirinhas, geralmente associadas à agricultura e à pesca.
Daí em diante passou a haver necessidade de escoar os produtos das regiões, especificamente rumo ao estuário do Tejo e Mar da Palha onde eram comercializados na capital e outros transbordados para novos rumos.
Em meados do Séc XII o Tejo transformou-se na melhor via de escoamento de produtos das regiões confinantes, tornando-se em autentica auto-estrada fluvial, com embarcações de grande calado sulcando as suas águas...
Para melhor se entender esta comparação, notemos que no anno de 1295, cada tonel de vinho embarcado no Tejo teria que pagar 1,5 alqueires aos relegueiros, gente a quem eram concessionados os portos fluviais...  
O rei D. Dinis concedeu exclusividade a Abrantes para que nos seus portos só admitisse produções de vinho compreendidas entre São Miguel e o Cima de Maio, abrindo excepção ao produzido em terras de Alter que passou a pagar 7,5 libras anuais ao concelho de Abrantes, pela atracagem das frotas que serviam a Alter.
Assim se desenvolveram dois portos em Abrantes, um na margem direita e outro na margem esquerda do rio Tejo, para que os produtos oriundos do norte embarcassem no lugar das Barreiras do Tejo e os oriundos do sul, onde se incluía Alter, embarcassem no lugar de Rossio ao Sul do Tejo, havendo na margem esquerda um terceiro porto exclusivamente destinado à carga e descarga de sal.
No Século XV, as fragatas, as faluas, os botes e os batéis oriundos de Lisboa e demais povoações contíguas ao estuário do Tejo, subiam o rio carregados de tecidos, peixe, sal e especiarias, tornando de Abrantes com azeite, vinho, couros, peles, madeiras, peixe do rio, minerais, utensílios ferrosos, quinquilharias diversas, cera e mel...
Nesse tempo desenvolveram-se mais dois portos fluviais, um no lugar do Pego e outro em Alvega onde embarcavam essencialmente os minérios.
 Em meados de 1552, do Séc. XVI, os portos de Abrantes registavam 180 embarcações, Punhete 120 embarcações, Tancos 100 embarcações, Santarém 100 embarcações, Alverca e Alcochete 40 embarcações, Alhos Vedros e Lavradio 100 embarcações, e Lisboa matriculava 300 vasos, o que nos dá uma ideia das potencialidades económicas que envolveriam a região de Abrantes.
Filipe II promoveu obras de navegabilidade do Tejo, de modo a que a auto-estrada fluvial vencesse as Portas de Ródão e ainda hoje no concelho de Nisa encontramos três quilometros do muro de sirga compreendidos entre a Barca da Amieira do Tejo e a Barragem do Fratel, de onde a partir da margem e amarrados a cordas de sisal, bois rebocavam as pesadas embarcações... 
...que assim iam contrariando a corrente do rio e a acalmia do vento, possibilitando que o intercâmbio comercial se estendesse às terras castelhanas, até ao Séc. XVII, época em que as relações institucionais e comerciais com nuestros hermanos sofreram retrocessos devido à guerra da restauração da independência resultando na degradação do comércio internacional por via fluvial que entretanto tendeu a estagnar, limitando-se ao intrafronteiras e ao Oceano Atlântico.
Nessa época, o cais fluvial de Abrantes passou a ser considerado como o principal porto do Tejo, seguindo-se-lhe Tancos e Punhete.
No Séc. XVIII houve mais duas tentativas por parte dos espanhóis, em 1740 e 1755, no sentido de restabelecerem o tráfego fluvial entre Castela, a Estremadura e o Oceano Atlântico no sentido dos nossos vizinhos ibéricos exportarem os produtos por via fluvial, e marítima, mas só em 1828 é que o Tejo recupera algum queficiente de navegabilidade, fazendo-se alguns melhoramentos no leito do rio até finais do Séc. XIX, com o intuito de facilitar a navegação, onde, já no inicio do Séc. XX, o General Avelar Machado teve um papel preponderante na dinamização da navegabilidade do Tejo na regiãoTubuca, incrementando novos cais em Rio de Moinhos, Tramagal e Alamal, bem como a demolição dos fundos rochosos que dificultavam a navegação das embarcações de maior calado.
O tráfego fluvial entrou em declínio acentuado a partir do momento em que foi construída a via-férrea e incrementadas as rodovias, ainda com o timbre de Avelar Machado.
Entre varinos e fragatas, em 1920 o porto de Rossio ao Sul do Tejo tinha registadas 40 embarcações de grande envergadura e com capacidade de 20 toneladas de carga.
Ao sabor da corrente, a remos e à vela, estas embarcações demoravam cerca de quatro dias a descer o Tejo desde Abrantes até Lisboa mas, o seu regresso era bastante mais moroso, chegando aos trinta dias em contra corrente, impulsionadas à vara, à vela e a reboque das pequenas lanchas fragateiras movidas a remos.
Sempre os homens se encontraram onde os rios se encontram...
Na confluência entre o rápido e caudaloso Zêzere escorrido da Serra da Estrela e o grande, majestoso e pachorrento Tejo nascido em Espanha foram surgindo habitações, e depois, regras sociais...
Observando esta luta entre os dois cursos de água, os romanos baptizaram de Pugna Tage, o casario que ia trepando a colina...
Seguiram-se-lhes os visigodos, os árabes e finalmente os homens do Condado Portucalense, que auxiliados pelos cruzados, designaram esta povoação por Punhete... Vindo desses tempos, ainda hoje pela Páscoa poderemos assistir às Festas da Nossa Senhora da Boa Viagem...

Do Zêzere desciam madeiras, lãs e outros artigos oriundos da Beira Alta e da Serra da Estrela que entre cortiças, trigos e outros cereais, se juntavam aos demais produtos vindos de terras alentejanas e da Beira Baixa, encaminhando-se então para o Mar da Palha onde abasteciam a grande metrópole, regressando com  adubos, farinhas, artesanato e notícias do mundo...
D. Maria II entendeu que Punhete não soava bem como nome de povoação, sendo por tal motivo e igualmente face às exigências populares que a partir de 1836 esta localidade ribeirinha se passou a designar por Constância.
A par de Abrantes e Santarém, foi portanto Constância, o outro grande centro de negócios associados ao tráfego fluvial.
Em 1867 , os mancebos da vila de Constância eram apelidados de “marítimos”  na medida em que cerca de 60% revelavam vastos conhecimentos das lides fluviais...
Assim, as principais embarcações que sulcavam as águas do Tejo seriam por ordem decrescente de envergadura, as fragatas, os varinos, os cangueiros, as faluas, os botes, as canoas, os batéis, as bateiras e os catraios, todos adaptados para serem movidos à vela, a remos, ou à vara tendo em comum a pouca quilha, ou o fundo chato.

A fragata.
Seria esta a mais emblemática e popular das embarcações utilizadas no transporte de mercadorias por arriba Tejo.
Exclusiva do rio Tejo com leito pouco profundo, possuía o casco bojudo, era de estrutura bastante pesada e tal como as restantes embarcações que sulcavam essas águas, de casco plano, bojudo e convexo, transversalmente em forma de U, com cerca de 25 metros de comprimento e 6,5 metros de largura, embarcação dotada de pouca quilha, sendo os costados reforçados por dois verdugos longitudinais que a protegiam relativamente às amuradas dos cais, aquando das cargas e descargas e da oscilação provinda das águas agitadas do Tejo...
A borda da embarcação era protegida quer à frente como à retaguarda por barbados de onde saiam dois cabeços à proa e três à popa, tanto do lado esquerdo como do lado direito.
O convés da proa possuía uma escotilha para iluminação e arejamento do porão, um guincho de manobra das amarras, dois cunhos para a escota do estai e uma enora para o enfunamento do mastro, juntando-se-lhe uma pequena armação designada por boneca, com quatro ou cinco malaguetas destinadas ao retorno e volta dos cabos do velame.
Havia outra escotilha no convés da popa afim de ventilar e iluminar a antecâmara inferior, dois reclamos para recolha da escota da vela e amarração da cana do leme, e ainda dois cunhos que recebiam o tirador da talha e serviam para arrear ou levantar o leme nas zonas mais açoreadas do Tejo, consoante o estado das marés.

Duas escadas ligavam o convés ao porão, possuindo um único mastro inclinado para a ré que suportava dois velames, sendo eles o estai e a enorme vela de carangueja, também conhecida por vela latina, mastro este suportado por quatro brandais, dois para bombordo e dois para estibordo da embarcação, todos fixos ao costado por colhedores.
Entre os brandais de um dos bordos funcionava a talha dobrada, espécie de grua manual, que consistia num dispositivo multiplicador de força para içar as cargas pesadas a serem acomodadas no convés e no porão da fragata.
As fragatas vocacionavam-se para o transporte de grandes quantidades de mercadorias, chegando a arcar com 180 toneladas, e como tal, isentas de ornamentações, apresentando-se habitualmente de casco preto e tão só o capelo mereceria alguma cromática de cor branca orlada a verde oliva.
Seria a tripulação composta por um arrais que seria o mestre da embarcação, dois camaradas e um moço.
O arrais, que comandava a rota, ficava no compartimento da popa (retaguarda da embarcação), enquanto os restantes tripulantes se localizavam na proa (frente da embarcação).
Geralmente faziam-se acompanhar de um cão d’água que lhes era útil na recuperação de pequenos objectos que eventualmente caíssem à água, também servindo de alerta para avisar da aproximação de intrusos bem como guardar a embarcação enquanto a tripulação se deslocava às margens.
Junto ao compartimento da proa havia um espaço que serviria para confeccionar os alimentos imprescindíveis à tripulação.
Note-se que devido à pouca profundidade do estuário do Tejo e a maré em vazante, havia o risco do leme da fragata se danificar ao roçar no fundo do rio, pelo que possuía um dispositivo que permitiria içá-lo até ao nível da quilha.
A reboque, a fragata levava uma pequena embarcação designada por lancha-fragateira que serviria de apoio à embarcação e movida a remos, permitindo que os elementos da tripulação pudessem deslocar-se rapidamente às margens do rio sem necessidade de arrastarem toda a embarcação, contornando o risco desta encalhar nos açoreamentos, e através do esforço de tracção, igualmente útil  para auxiliar nas manobras mais complexas bem como rebocá-la  nas fases de calmaria, considerando que o estuário do Tejo é bastante amplo, com a margem norte sulcada por águas profundas e o leito acidentado, sendo que a margem sul se caracteriza  por braços de água rasa, tornando a navegação impraticável durante a maré baixa, salientando-se que a sul, as terras adjacentes ficam praticamente ao nível da água.
 
O varino.
Simbiose entre a fragata e o moliceiro de ascendência fenícia, que é a embarcação típica da Ria de Aveiro, o varino foi o grande concorrente da fragata.

Inicialmente destinado ao transporte de mercadorias, rapidamente se vocacionou para transportar passageiros...
...daí que a sua decoração fosse bastante esmerada. 
Diferenciava-se da fragata pela sua vante bastante arredondada e acentuada, terminando direita e encimada por cabeleira e atingindo cerca de 19,5 metros de comprimento por 5,5 metros de boca máxima.
O varino em 1880
O mastro do velame era bastante acentuado para a retaguarda, sendo que a larga quilha estabelecia continuidade com as rodas de popa e proa.
O principal velame inicialmente de forma latina (triangular) foi substituído por um formato quadrangular.
O seu fundo bojudo, chato e sem quilha, permitia-lhe navegar em águas menos profundas do que a fragata e as suas linhas aligeiradas iludiam a robustez.
A passagem do alegre e majestoso varino ostentando o seu casco predominante negro, sobressaindo-lhe as amuradas, as bordas e as cintas geralmente de cores vivas rematadas por filetes brancos, e ainda as caras da proa decoradas nos mesmos tons, por vezes reforçadas com motivos florais...
... arrastando uma pequena lancha-fragateira de idêntica decoração, como se de filha ou aprendiz se tratasse, contribuía para o ambiente naval do rio Tejo.
Esta embarcação geralmente subia o Tejo transportando mercadorias e descia-o com passageiros.

O cangueiro.
Simbiose entre a fragata e o varino, embarcação de longo curso, para transporte de carga, especificamente areia, pedras e materiais diversos para obras diversas e construção civil, que durante as calmarias era geralmente rebocado pelo bote de apoio ou impulsionado à vara firmada no leito do rio e encaixada no ombro do tripulante que pelas ameias ia correndo da proa à popa da embarcação, e vice-versa.
A falua. 
Filha do varino e da fragata, esta embarcação estava vocacionada para o transporte de pessoas e bagagens entre as margens do Tejo e possuindo cerca de 16 metros de comprimento, caracterizava-se pelos seus dois mastros de velame e por ser bastante rápida, tripulada por dois ou três homens, criteriosamente decorada a cores vivas que evocavam motivos regionalistas.
Tanto à frente como à retaguarda, os barbados eram decorados com duas ou três peças de madeira sobrepostas, fazendo baixos-relevos onde estavam pintadas flores e outros motivos geométricos, conferindo-lhe um conjunto harmonioso.
O casco de fundo negro, podia ou não ter demarcada a linha de água, e as suas bordas eram pintadas a cores fortes, delimitadas por filetes brancos.
Esta embarcação também rebocava um pequeno barquinho de apoio, idêntico ao bote-cacilheiro decorado similarmente à sua falua.
Poderíamos seguramente adiantar que esta embarcação corresponderia ao antepassado do cacilheiro.

A falua latina.
Embarcação da família dos varinos, mas de convés menos bojudo e proa mais empinada, mediria cerca de15 metros de comprimento.
Com três tripulantes, era apenas equipada com um mastro inclinado para a rectaguarda, que cruzava outra vara sustentando a vela latina e uma segunda latina de menores dimensões (estai), presa ao espigão da proa.
A falua latina era empregue para transportar pessoas entre margens e também os produtos agrícolas frescos que vindos do sul, abasteciam os mercados alfacinhas.

O bote de espicha.
Pequena embarcação com capacidade para transportar 15 a 20 passageiros, era utilizado no embarque e desembarque de pessoas e bagagens dos paquetes que escalavam o estuário do Tejo, mas que devido às suas grandes dimensões, não podiam atracar.
Revelando-se bastante úteis em termos de transporte de pequenas quantidades de passageiros e mercadorias, muito devido à sua agilidade, ligeireza e rapidez de navegação.
Com o decorrer dos anos, estes pequenos barcos foram subindo o
De construção mais simples e reforçada, possuíam um só verdugo em cada costado e barbados nas extremidades.
Armavam dois mastros e três pares de remos que eram amovíveis e revezados entre si consoante as condições ambientais e de navegabilidade.
Tanto o mastro anterior como o posterior eram ligeiramente inclinados para trás, sendo que o mastro dianteiro armava uma enorme vela de espicha e outra polaca, e o mastro secundário, uma vela catita que seria igual à vela de espicha mas de pequenas dimensões.
Estas velas de espicha eram bastante práticas e de fácil mareação, na medida em que possuindo um único cabo de manobra, evitavam a sucessiva deslocação da tripulação entre os passageiros.
Havendo necessidade de reduzir a superfície vélica para metade, desarmava-se o pau de espicha e amarrava-se o punho superior da vela ao mastro da embarcação, transformando-a numa vela triangular, chamada de “vela latina”.
A decoração destes barcos era menos esmerada que a dos botes, das faluas e dois varinos, mas não se deixava de se enquadrar no tipicismo do Tejo.

O bote cacilheiro.
Outro filho da fragata. Tinha formas semelhantes mas mais reduzidas e com uma envergadura de 14 metros.
Foi construído para operacionalidades específicas, apenas possuindo um mastro armado com vela latina.

O bote do pinho.
Outra embarcação varina, muito bem armada e com esmerada decoração, destinando-se ao transporte de ramagens dos pinheiros, matéria combustível essencial para abastecer os imensos fornos dos padeiros que laboravam na capital.
Com cerca de 14 metros de envergadura, tripulada por quatro homens e cruzada em mastro curto junto à proa, armava uma enorme vela triangular.
De bordas falsas que lhe permitiam acondicionar melhor a carga, tinha dois pequenos porões, um à frente e outro à retaguarda da embarcação.

A canoa.
Poderemos afirmar que a canoa seria uma fragata de menores dimensões porque tecnicamente, em tudo lhe é idêntica.
Armava vela de estai amurada a uma vara com funções de gurupés e outra vela caranguejeira agarrada ao mastro principal.
Com cerca de 12 metros de comprimento e destinava-se ao transporte de cargas diversas e ainda ao transbordo de mercadorias dos navios ancorados no estuário do Tejo, que por sua vez seriam reencaminhadas pelo Tejo acima, rumando aos portos de Abrantes e de Alvega.
O batel.
Embarcação mais recente, do início do Séc. XX, depressa se afirmou típica do rio Tejo.
De convés corrido entre a proa e popa, atingia 15 metros de comprimento, sendo que a popa era bastante inclinada e de pouca curvatura relativamente à proa.
Tinha o mastro bastante inclinado para diante, onde se lhe aparelhava uma enorme vela latina, e para poder navegar contra o vento, uma tábua de bolina, ou seja, um pequeno estai.
Era equipado com espadelas laterais que muito ajudavam nas manobras de abordagem ao cais sem danificar o casco.
A sua leveza e fundo chato permitiam-lhe encalhar e desencalhar consoante as correntes e as marés, possuindo a popa e proa fechadas e de igual largura para poder entrar e sair dos braços de água, rios e ribeiros afluentes, tanto à vante, quanto à ré.
Foi uma embarcação mais pequena que a fragata e o varino, para funções polivalentes de pesca, transporte de pequenas cargas e de pessoas entre as margens e os braços do Tejo.
A bateira.
Pequena embarcação com cerca de 8 metros de comprimento por 1,70 metros de largura, possuía o fundo chato, com a proa e a popa bastante erguidas em crescente, três bancos transversais, dois pares de remos e encaixe para o mastro da vela de pendão, a ser instalado quando a brisa lhe fosse favorável.
Era tripulada pelo arrais e um camarada que se dedicavam essencialmente à pesca de rede.
De todas as embarcações aqui citadas... .
..será esta... 
...e o catraio que ainda hoje persistem em toda a linha do Tejo, embora com tendências a se extinguirem.
O catraio.
Pequena, irrequieta e airosa embarcação com cerca de 5 metros de comprimento, é hoje em dia bastante usada na pesca e no lazer.
De características algo frágeis e perigosamente instável, noutros tempos seria de maiores dimensões e descendente directa do bote de espicha era utilizada para o transporte de pessoas entre a capital e a margem sul, tendo protagonizado bastantes naufrágios, ao que a seu tempo o Marquês de Pombal tivesse estabelecido legislação bastante rigorosa no sentido de restringir a utilização destas embarcações.
Até finais da década de 70 ainda poderíamos encontrar alguns barqueiros...
...que se dedicavam ao atravessamento das populações ribeirinhas entre as margens do Tejo...
Ligavam Constância e Montalvo ao Tramagal, a Vale de Mestre, a Santa
Margarida e a Malpique, uniam o Tramagal a Rio de Moinhos e a Abrantes, juntavam o Rossio ao Sul do Tejo às Barreiras o Tejo...
...abraçavam o Pego a Alferrarede Velha e à Barca do Pego e às Mouriscas, navegavam de Alvega à Ortiga e por aí adiante.
Hoje, todo este tráfego fluvial caiu na história, não passando de miragem, de mera fantasia, na medida em que actualmente, está posta em causa a navegabilidade do principal curso de água transibérica...
...só nos restando a fomentação de equipamentos alusivos à faina fluvial.
Foi este o contributo cá do Cidadão abt para que o ciberleitor passe a olhar o rio Tejo de um modo diferente, e até, se possível for...  
...imaginando-o sulcado por tão belas e laboriosas embarcações... 
E agora, caro ciberlitor(a), se quiser deliciar-se com mais fotografias, clike aqui: