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Este militante anti-cinzentista adverte que o blogue poderá conter textos ou imagens socialmente chocantes, pelo que a sua execução incomodará algumas mentalidades mais conservadoras ou sensíveis, não pretendendo pactuar com o padronizado, correndo o risco de se tornar de difícil assimilação e aceitação para alguns leitores! Se isso ocorrer, então estará a alcançar os seus objectivos, agitando consciências acomodadas, automatizadas, adormecidas... ou anestesiadas por fórmulas e conceitos preconcebidos. Embora parte dos seus artigos possam "condimenta-se" com alguma "gíria", não confundirá "liberdade com libertinagem de expressão" no principio de que "a nossa liberdade termina onde começa a dos outros".(K.Marx). Apresentará o conteúdo dos seus posts de modo satírico, irónico, sarcástico e por vezes corrosivo, ou profundo e reflexivo, pausadamente, daí o insistente uso de reticências, para que no termo das suas análises, os ciberleitores olhem o mundo de uma maneira um pouco diferente... e tendam a "deixá-lo um bocadinho melhor do que o encontraram" (B.Powell).Na coluna à esquerda, o ciberleitor encontrará uma lista de blogues a consultar, abrangendo distintas correntes político-partidárias ou sociais, o que não significará a conotação ou a "rotulagem" do Cidadão com alguma delas... mas somente o enriquecimento com a sua abertura e análise às diferenciadas ideias e opiniões, porquanto os mesmos abordam temas pertinentes, actuais e válidos para todos nós, dando especial atenção aos "nossos" blogues autóctones. Uma acutilância daqui, uma ironia dali e uma dica do além... Ligue o som e passe por bons e espirituosos momentos...

domingo, 13 de março de 2011

À RASCA ?!



À RASCA? !

A Geração À Rasca saiu à rua em onze cidades portuguesas, concentrando-se mais de duzentos mil almas na Av. da Liberdade culminando na Praça do Rossio alfacinha e mais de oitenta mil na tripeira Av. dos Aliados, número de manifestantes que não cabia na prevista Praça D. João I, concluindo-se que não será uma, mas três, as gerações à rasca! Desfilaram as gerações dos filhos, dos pais e dos avós!
A geração dos filhos pelas razões sobejamente conhecidas, a dos pais porque fazem um esforço para além do previsível em sustento dos filhotes, e a dos avós, pois na sua maioria já toparam que por este caminho as magras reformas do seu sustento acaba por servir os descendentes... claro que não nos referimos às parcas reformazinhas dos ex-ministros e ex-administradores públicos e semi-privados, porque as desses coitadinhos não lhes chegam para sustentar palácios!
Este protesto de milhares revelou que os portugueses estão fartos dos demagogos que proliferam nos partidos políticos que em abono da verdade se inserem nos desígnios do povo para se servirem e não para o servirem. Foi vê-los durante o protesto, dissimulados no meio da população que saíu à rua!
 De tão desacreditados, cada vez mais as siglas politicas e seus mentores vão caindo em desuso e colocados na obscura e bolorenta prateleira das más memórias, por um povo cada dia mais desiludido e consequentemente, apartidário.
Com diferentes ideais, credos e conceitos, as gentes portuguesas agruparam-se entre amigos e famílias, correspondendo ao apelo dos jovens, reunindo-se civilizadamente nas onze cidades e reclamando causas transversais, em busca de melhores condições de vida, pese o facto do SIS e as polícias, em colaboração com a organização terem contribuído preponderantemente na prevenção de potenciais focos de conflito. Nota positiva para o civismo de todos os envolvidos, manifestantes incluídos!
Numa primeira mensagem, estimemos que os nossos governantes tenham tomado consciência do sentido deste protesto que poderá ser o primeiro de outros, e também eles, os governantes, se antecipem a uma possível escalada da convulsão social que em desespero de causa, poderá ultrapassar os limites do razoável por ora conseguido neste mega-manifesto de descontentamento...
Uma mobilização espontânea e massiva que foi um sério aviso para a governação deste jardim à beira mar plantado.
É em ambiente atormentado e deveras  À RASCA que os contribuintes abrantinos contam com o projeto da soberba de um Museu Ibérico encastrado no Convento de São Domingos onde se adiantaram uns módicos 1.150.192,00€uros... só no papel...